Musicalidade x tecnocracia
Foto: Henrique Inglez de Souza |
Quer ver uma brochada musical? É esse mundo de tecnocratas que virou
epidemia há anos. São instrumentistas que se desenvolvem na arte da
semostração, deixando a musicalidade perdida em algum canto qualquer.
E
eles têm um estereótipo clássico: vasto e impecável vocabulário de
técnicas, velocidade e um CD com os playbacks para ficarem ali,
mostrando como tocam pra caralho, como são bons, como xerocam bem os
grandes ícones. Podem ser vistos em lojas e estandes de feiras, além de
workshows e escolas. Gravam discos (instrumentais, claro), e diversos
deles até se destacam, conseguindo patrocinadores.
Nada contra ao
sujeito viver disso. É um trabalho honesto e é justo. Agora, para mim,
não são músicos, no sentido mais genuíno da palavra “artista”, ou seja,
aquele que tem poesia e algo com que preencher corações alheios - mesmo
que em composições sem vocal. São garotos propaganda de marcas. Ponto!
Passo reto quando topo com um desses porque essa perspectiva da coisa
cansa os ouvidos e, pior, explode meu saco. Tá faltando mais
musicalidade, e não vaidade!
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