Mainstream 2017

 
Antigamente, um dito artista chamava atenção por sua música. Ainda que houvesse jabá, suas canções balizavam o interesse do mercado, do público. Quando dava certo, costumeiramente tínhamos um hit, o qual se mantinha sobressalente aos assuntos fora dos palcos. Mas os tempos passam, e a casca só engrossa no mainstream.

Estava assistindo ao Altas Horas e fiquei abismado com o tal Pabllo Vittar. Ô sonzinho chato, monótono, com uma batidinha chinfrim e manjada, sem melodia agradável. Para completar, um jeito horroroso de cantar – forçado, artificial e irritante. Achei que se tratava de um número de comédia. Foi a primeira vez que parei para escutá-lo, e entendi por que o foco que seu nome desperta desvia-se do musical. 

Olha, Pabllo Vittar, Anitta e afins são o tipo do artista sobre o qual o tempo nos leva a perguntar: “Como foi mesmo que isso apareceu?”. Às vezes, lembramos que surgiram como cantores. É tão natural não os associarmos à música... Aliás, chamá-los de artista, só se for uma maneira de encontrar um sinônimo para “celebridade”. É que hoje a atenção do mainstream se derrete pelo mundo dos famosos e do quanto “causam” (sem, claro, uma música)

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