Jimi Hendrix

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“Dá pra imaginar como é estar em um estúdio com alguém tipo Jimi Hendrix?”. Essa é uma frase que ouvi e que sempre me vem à cabeça em datas celebradas do guitarrista, como hoje (27/11, seu nascimento). Quem me disse isso foi o Eddie Kramer, engenheiro de som que trabalhou em todos os discos dele, numa entrevista que fizemos em 2011. Em parte, devemos o resultado desses registros à química criativa entre ambos. “Enquanto Jimi estava na sala de gravação fazendo algum som legal, eu ficava na sala da técnica tentando dar sentido ao que ele criava, tentando fazê-lo soar ainda melhor. Nós tínhamos uma relação de muita compreensão. Ele tentava algo e eu dizia: ‘Ok, deixe-me ver se posso tornar esse som ainda melhor’. Então, ele vinha à sala da técnica e escutava o que eu havia feito. Depois, voltava à sala de gravação e tentava fazer melhor ainda. Havia essa competição amigável entre nós”. Não se tratava, portanto, de semostração, de zilhões de notas por segundo. Era simplesmente musicalidade em estado bruto, e penso ser esse dos maiores exemplos do Hendrix ao mundo. 

Henrique Inglez de Souza

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