DE NOVO ELES?

Já parou para reparar na quantidade de shows internacionais que têm pintado no Brasil ultimamente? Tem sido cada vez maior o número de atrações estrangeiras e das mais variadas: desde os grandes nomes às berrantes porcarias que a indústria do entretenimento produz. E ainda há quem ache que o país continua estacionado em algum canto fora da rota das turnês mundiais.

Mas o pior mesmo é encontrar um povo cuja especialidade é encher o saco alheio. Gente que não consegue fazer o mínimo esforço para usar aquilo que lhe deveria ser útil: a capacidade de pensar, refletir, compreender e ser sensato. Estou falando daqueles para quem nada está bom (Raul Seixas chamaria isso de metamorfose ambulante).

Vira e mexe, ouvimos: "Ah, droga! Pena que tal banda nunca vem ao Brasil". Ok! Essa é até uma forma saudável de lamentar algo justo. Porém, o lado sacal dessa moeda é quando, de repente, a mesma tal banda passa a vir sempre para cá. Aí, o discurso de alguns muitos vira outro: "Pô! De novo eles? Eles vêm toda semana pra cá!".

Exemplos não faltam, mas acho que um dos clássicos é um nome... clássico: o Deep Purple. Ficamos um bom tempo longe de suas turnês. Dos anos 1990 para cá, entretanto, o quinteto inglês nos incluiu regularmente em suas campanhas de divulgação. Ótimo, embora as formações recentes não sejam das melhores, ainda é Deep Purple! Mas não adianta, sempre tem alguém pra reclamar – e é alguém que gosta deles.

Pode reparar: há outros grupo e artistas que entram nessa onde de reclamação. O próprio Iron Maiden... enfim. Para quem adora encher os nossos botões, nunca estará bom: se a banda não vem, é ruim; se vem sempre, é ruim também. E ainda ouvimos coisas como "eles só vêm pelo dinheiro". Bom, eu nunca ouvi falar de uma banda que tenha feito uma turnê sem cobrar nada. Todos fazem shows pelo dinheiro, mesmo quando estão no auge (aliás, principalmente).

Henrique Inglez de Souza

Comentários

  1. não generalizando, mas uma grande parte dos roqueiro/metaleiros são ranzinzas, chatos... só reclamam.

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  2. Pois é, Allan! Não é generalizar. É verdade mesmo. Parece que ainda gostam de viver tempos em que o mais próximo que chegávamos de ver os astros ao vivo era por meio de páginas de revistas de música ou em vídeos (VHS ainda!). Uma forma até platônica de assistir aos shows...

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