GOOD CHARLOTTE? NÃO, OBRIGADO!

Embora não seja lá uma banda tãããão popular quanto poderia ser (no Brasil), a legião de fãs do Good Charlotte por aqui parece ser considerável – mesmo porque é um dos nomes badalados do tipo de rock que a mídia explora atualmente. Por isso, representa bem essa geração nova e também o que penso a respeito desse tipo de som.

Uma vez, eu estava em um shopping matando tempo por um motivo qualquer e vi uns garotos falando do grupo norte-americano. Da forma como estavam empolgados, parecia ser algo sensacional. Bem, eu tinha recebido da gravadora o novo CD, 'Cardiology', e pensei cá com os meus botões: "Beleza! Vou dar uma conferida nas músicas" (pura curiosidade).

Ouvi, prestei atenção, ouvi de novo algumas faixas que achei legaizinhas, mas não deu. Cheguei a uma conclusão que depois percebi ser a mais óbvia: como crítico, naturalmente destrinchei o disco tal qual rato no queijo suíço. Agora, como ávido consumidor de música, não chegaria à faixa 8.

Ok, a produção de Don Gilmore foi ótima e deu ao repertório muita energia. Conseguiu o pique que deve ter um chamado pop punk (punk?! Sei não...). Porém, o som do Good Charlotte como um todo, a sua identidade, não me atrai. Mas sem crise! Sejamos neutros (se é que dá). 'Cardiology' soa um tanto Fall Out Boy bem açucarado.

Para apontar as faixas mais digeríveis (para mim, claro), fico com 'Let the Music Play', 'Like It's Her Birthday' (incluindo o solinho bem inspirado), 'Standing Ovation' (pela bela melodia) e só! São digeríveis, mas vale a pena manter um sal de frutas por perto, hein! Não é tudo aquilo que aquela garotada no shopping bradava. Assim como outras bandas afins, para mim parece rock de toque de celular ou leite morno com açúcar. Não é a minha praia, definitivamente!

Henrique Inglez de Souza

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